A História do Sapo Cururu...

 Era uma vez, um sapo cururu bem gordo e feio. Esse sapo se chamava “Tonhão”!
Certo dia, Tonhão estava sentado numa vitória régia cantando a sua melhor canção. Foi quando, do nada, surgiu na beira da lagoa, uma linda princesa.

A princesa se chamava Maristela. Ela seria a rainha do reino muito, muito, mas muito mesmo, além que distante.

Tonhão, por sua vez, se encantou com a doce e bela princesa. O sapão ficou doido de amor pela mulher! Aproveitando-se da bela voz de barítono que possuía,  o cururu entoou uma bela canção de amor que encantou a moça.

Tonhão conhecia, muito bem, as histórias dos contos de fadas. Ele sabia que se uma bela jovem o amasse e tivesse a coragem de beijá-lo, ele deixaria de comer moscas e poderia encantar multidões com a bela voz nas ruas da Broadway. Além de, ainda, se tornar príncipe de algum reinado.

Maristela ouviu a voz poderosa daquele sapo cururu bem gordo e feio. A voz do sapo era tão linda, que a princesa nem se atentou para a fisionomia dele.

 Muitos que passavam próximo a lagoa no entardecer diziam: “Elvis não morreu, virou um sapo”.

A princesa linda e estonteante ficou admirada com os graves e os agudos de Tonhão, o sapo gordo. Mas o sapão, além de cantar bem, possuía outra qualidade: Ele sabia se expressar de maneira muito cativante e isso despertou muito mais o interesse do coração da princesa.

Os dias iam passando, e Maristela a todos os momentos ia até a lagoa conversar com Tonhão e ouvi-lo cantar. Ela jurou a ele amor eterno! Chegou a dizer: “Fofinho só a morte me separa de você”.  Na verdade Tonhão era fofão!

O sapo cururu esvaziou-se de sua proteção e também se entregou as promessas de amor da linda princesa do reino muito, muito, mas muito mesmo além que distante. Conversavam todos os dias! A princesa tinha até crises de ciúmes quando via Tonhão trocando idéias com uma ranzinha ou perereca do brejo.

O velho cururu se sentiu amado e importante, ele e a princesa traçaram planos para se casarem, chegaram a dar nomes aos filhos mesmo antes de eles nascerem. O “cururusão” estava realmente empolgado. Então, marcaram o dia em que ela o beijaria para que  ele se tornasse um príncipe deixasse para sempre aquela lagoa.

Tonhão começou a contar os dias e antecipadamente, começou a se despedir dos demais companheiros do brejo.

A princesa sempre que ia a lagoa, levava um véu escondendo o  rosto. Afinal ela era uma celebridade anônima, não podia ser vista a todo o momento, por isso cobria o rosto.

O sapo Tonhão sempre pedia a princesa: “Oh doce princesa, deixa-me contemplar o teu rosto no entardecer de hoje, linda do meu coração.” Maristela sempre dizia: “Oh lindo Tonhão, só mais alguns dias e me verá para sempre e me tocarás com as tuas mãos!”

Quando ele ouvia as palavras saídas da boca da moça, ele ficava confiante que seus dias de sapo naquele brejo estavam chegando ao fim.

Chegou, então, o dia esperado....

Quer saber mais como termina essa história???
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