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Marta tem 33 anos, é solteira e acaba de
mudar-se de volta para a cidade em que morara na infância. Ao chegar ao lugar
que fora seu antigo lar, Marta não perdeu tempo e correu à procura de seus
antigos amigos de colégio, de quem sempre sentia muitas saudades. A primeira
pessoa que Marta decidiu visitar foi Alice, que fora sua melhor amiga durante
todo o colegial.
Para sua decepção, Marta encontrou sua
amiga Alice em um estado deplorável e com os braços cobertos por hematomas
arroxeados. Ao adentrar na casa da amiga, esta não esboçou surpresa ou qualquer
sinal de felicidade em revê-la, mas, ao contrário disso, começou a chorar.
Marta, sem saber o que fazer, abraçou a
amiga e pediu-lhe que explicasse o que estava acontecendo e colocou-se a
disposição, caso pudesse ajudar em algo.
Alice tem 33 anos, é mãe de três filhos:
Gabriel de 8 anos, Marcelo de 7 anos e Henrique de 5 anos. Casada com Valdir há
12 anos, Alice sempre teve uma vida razoável. Levantava-se as 7hs da manhã,
arrumava as crianças pra escola e depois ocupava-se dos afazeres domésticos até
a chegada da família para o almoço.
Porém, acometida por uma grave depressão pós-parto,
depois do nascimento de seu filho caçula, Alice já há algum tempo não se
contentava com a vida que tinha. Queria retomar sua antiga profissão de
cabeleireira, imaginava que se saísse um pouco de dentro de casa, onde passava
dias e dias a fio, se mantivesse contato com pessoas diferentes, se mudasse de
ares, sua doença melhoraria.
No entanto, para que a mulher pudesse
retomar sua antiga profissão, seria necessária a contratação de alguém para
tomar conta da casa e dos filhos, quando estes não estivessem em horário de
aulas. Sendo Valdir um metalúrgico assalariado, e Alice ainda sem ter uma boa
clientela formada, isso não era possível, levando em conta a realidade
financeira do casal.
A impossibilidade de retomar sua vida
profissional, acabou por levar Alice ao fundo do poço. Ela entregou-se ao vício
do alcoolismo, o que levou Valdir ao desespero. As discussões do casal
tornaram-se cada vez mais frequentes e um dia, no calor da discussão, Valdir
chegara a agredir a esposa fisicamente, deixando em seus braços os hematomas
observados pela amiga.
Depois de ter passado o dia todo amparando à
amiga, Marta finalmente criou forças para deixa-la mais uma vez a mercê do
marido espancador que logo estaria de volta do trabalho.
Durante o trajeto para sua casa, Marta
ponderava se deveria ou não denunciar os abusos e as agressões sofridas pela
amiga, Às autoridades competentes. Por um lado, levava em conta o ditado que
dizia que em briga de marido e mulher não se deve meter a colher, e por outro e
talvez muito mais forte, recordava-se da sua própria experiência de anos atrás,
quando passara por algo semelhante.
Ela dizia a si mesa “se alguém tivesse
feito algo por mim, talvez eu não tivesse passado tanto tempo apanhando do meu
ex-marido”. A dúvida tomava conta dos pensamentos de Marta, deveria ou não
denunciar Valdir à polícia? No lugar de Marta, o que você faria?
Alunos
amor de Deus
amor de Deus traz paz ao coração.
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bichinho
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