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Olá Márcio, bom dia ouvintes da rádio
Globo. Meu nome é Marcelo, tenho 27 anos e queria dividir meu dilema com vocês.
Quando eu tinha 19 anos, conheci Ana Paula.
Posso dizer que foi amor à primeira vista e por incrível que pareça, fui
correspondido. Começamos a namorar e desde aquela época eu a amava cada vez
mais. A cada dia tinha certeza de que era ela a mulher da minha vida.
O tempo foi passando e nosso relacionamento
se fortalecendo. Depois de quatro anos de namoro, finalmente criei coragem e a
pedi em casamento. Ana Paula aceitou e três meses depois nos casamos.
Depois de alguns anos, como é normal para
qualquer casal, decidimos que era chegada a hora de eternizar o nosso amor. Foi
quando decidimos ter nosso primeiro filho.
Quase transbordei de tanta alegria quando Ana
Paula me deu a notícia: eu iria ser pai! Imediatamente, chamamos toda a nossa
família em um almoço de comemoração.
Durante o primeiro mês de gravidez, tudo
correu normalmente. Eu acompanhava minha esposa a cada consulta do pré-natal,
não queria perder nada. Porém, ao chegar ao quinto mês de gravidez, o
inesperado aconteceu. Ana Paula acordou em uma noite, sangrando e sentindo
muitas dores.
Levei-a para o hospital onde os médicos
detectaram um grave problema na gestação. Minha esposa teria que passar os quatro
meses restantes da gravidez, de cama, sem fazer nenhum tipo de esforço.
Seguimos a risca as recomendações médica,
mas mesmo assim, o bebê decidiu vir à luz antes do tempo. Com apenas sete meses
de gravidez, Ana entrou em trabalho de parto.
Quase enlouqueci enquanto esperava naquele
corredor de hospital, enquanto minha mulher era levada diretamente para a UTI.
Algumas horas se passaram e quando
finalmente o médico me procurou, foi para trazer uma terrível notícia: Ana
Paula tinha falecido.
E agora, estou sozinho no mundo com um bebê
para criar. Acontece que eu não faço à mínima idéia de como cuidar do menino.
Penso que nós homens não fomos feitos para essa finalidade e não sei como
poderei me virar tendo que trabalhar e ainda por cima cuidar da criança. Não
sei se conseguirei, tenho medo de não conseguir ser um bom pai para o meu
filho.
Dias atrás, os avós maternos da criança
manifestaram sua vontade em adotar meu filho para criá-lo como se fosse deles.
Sinceramente, essa talvez seja a melhor opção, mas ao mesmo tempo não quero
perder o amor e o carinho do meu filho. E agora eu pergunto para você, no meu
lugar, o que você faria?
Poesias & Crônicas de Márcio Nato
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amor de Deus traz paz ao coração.
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