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Um dia, uma garota me adicionou no Facebook. Até estranhei, isso não é muito comum . Ao menos comigo. Aí, essa menina, que vou batizá-la pelo pseudônimo de Witch, pediu meu Whatsapp - posso ser maluco, mas não burro, Vai que um dia ela lê essa história e queira me processar?
Poesias & Crônicas de Márcio Nato
Então, sem qualquer cerimônia passei o número para ela. Era solteiro e sem compromisso, então porque não passar? Embora, eu não tivesse nenhuma pretensão para com ela. Ela era uma mulher muito bonita, mesmo que aparentemente. No entanto, meu velho pai sempre nos dizia: "Beleza não revela intenções"
Outro ponto, eu estava bem desconfiado. Cheguei a excogitar se àquilo não era um "Fake" criado por meus amigos, na intenção de me "trolarem", Ah moçada, jornalistas e radialistas são uns... (risos), deixa quieto. Mas é agora que essa história cheia de não sei o que lá, começa a ganhar cores, contornos e a ficar interessante...
Eu estava na última hora do programa radiofônico, "Manhã da Globo", quando o meu celular avisou que havia chegado uma nova mensagem no App. Ao olhar o aparelho, estava lá a seguinte mensagem: "Oi, sou a Witch! Estava falando com você no Face antes, tudo bem?". A foto dela era muito apresentável, cheia de edição e filtros, photoshopada, mas despertava a atenção.
Ainda estava meio que sem entender aquele interesse repentino dela, afinal eu não sou burro e tenho espelho em casa. Eu a tratei com muito carinho, com o devido respeito e com toda a educação com qual fui ensinado por minha mãe. Minha mãe sempre dizia: "Trate as pessoas do mesmo jeito que você gostaria de ser tratado, e tenha muito respeito principalmente com as mulheres, não se esqueça disso meu filho!". Bem, conselhos de mãe a gente guarda em uma caixinha de brilhante que só existe em bons corações. Então, cumprimentei-a : __ Olá, tudo bem sim. E a senhorita, tudo bem? Seja bem vinda.
E ela respondeu-me: "Ah, muito obrigada, estou bem também. Perguntei a um amigo meu sobre você, vi a sua foto no Face dele e fiquei interessada em te conhecer, gostei muito de você. Ele me disse que você trabalha na Rádio Globo e que é jornalista, isso é verdade?".
Fiquei intrigado e querendo saber quem era esse amigo incomum que poderíamos ter. Porém, naquele instante, eu não podia realizar uma pesquisa de buscas no Face. Eu estava entrando no ar frequentemente, o programa estava à todo vapor. Por esse motivo, eu não podia me dar ao luxo de pesquisar, não queria me desconcentrar da responsabilidade que estava a exercer como comunicador naquela hora. Então respondi: __Sim, é verdade, trabalho na Rádio Globo/CBN e sou jornalista sim.
Aí veio uma mensagem ainda mais empolgada, "UALLL". É, foi esse "ual" tamanho família aí mesmo. Um ual extra G, que recebi de volta. E, logo em seguida, ela engatou uma outra frase empolgada, "que massa! Agora que quero te conhecer mesmo", disse ela.
Nessa hora o meu desconfiômetro já apitava a mil por segundo. Mas com educação, continuei dando atenção, até porque ela poderia ser um alguém que se familiarizasse com o meio de comunicação. E, o fato de conhecer uma pessoa ligada a profissão pode ter aflorado essa emoção, em fim. Não me cabe fazer julgamento, mas sim continuar a contar o ocorrido...
Gente do céu, àquela conversa deixou de ser um dialogo racional. É minha gente, parecia que eu estava num interrogatório, a moça queria saber tudo e mais um pouco.
Não demorou muito e, finalmente, ela revelou o coração: "Gatinho, você tem carro ?", confesso que senti uma ironia nesse "gatinho". No ato em que ela formulou essa pergunta, eu conversa com os meus ouvintes. Aí, quando olhei no aplicativo, havia inúmeros pontos de interrogação.
Não demorou muito e, finalmente, ela revelou o coração: "Gatinho, você tem carro ?", confesso que senti uma ironia nesse "gatinho". No ato em que ela formulou essa pergunta, eu conversa com os meus ouvintes. Aí, quando olhei no aplicativo, havia inúmeros pontos de interrogação.
Expliquei-a que eu estava no ar e respondi dizendo: "Tenho!". Imagino que ela tenha tido quase um orgasmo do outro lado, pois a intrépida dela veio assim: "AAAAAAiiiii, que massa gato!!!!" . Acredito também que, se fosse uma conversa ao telefone eu teria ficado surdo...
Sem muito esperar, como um raio, ela emendou uma sequência de novas perguntas: "É completo? Tem Ar? Duas ou quatro portas?".
Deus do céu! Sinceramente, eu não estava entendendo a onde esse papo ia chegar. Ela queria ser minha amiga, ou estava fazendo uma cotação de seguro pessoal para mim e para o carro?
Ainda assim, a respondi: __ Sim, é completo. É flex, vidros e travas elétricas, tem ar-condicionado, mas são só duas portas. "Que fofo lindinho, qual a cor?", azul marinho, respondi. E ela mais que depressa: "Ai que máximo, a minha cor predileta, e qual é o modelo do seu carro gato? Imagino que seja um Civic, Toyota, ou, um zerinho né?", questionou ela.
Ainda assim, a respondi: __ Sim, é completo. É flex, vidros e travas elétricas, tem ar-condicionado, mas são só duas portas. "Que fofo lindinho, qual a cor?", azul marinho, respondi. E ela mais que depressa: "Ai que máximo, a minha cor predileta, e qual é o modelo do seu carro gato? Imagino que seja um Civic, Toyota, ou, um zerinho né?", questionou ela.
Agora é que são elas, calmamente gravei o seguinte áudio: "Não, o meu carro é só um Monza Tubarão, E.F.I 2.0". Após o meu audio ficar azulzinho, ou seja, confirmando a audição, as perguntas de Witch cessaram e como num passe de mágica, a foto dela desapareceu do meu Whatsapp.
Moral da história, não tenho só carro. Mas sim, um espanta periguetes.... 😂😂😂
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